segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Poemeu

Um dia a dor foi maior, tudo aconteceu... o silêncio venceu, todo mundo de mim esqueceu... E eu fiquei lá... rezado para que o dia acabasse, que o tempo não se fizesse eterno, que ele morresse... ou me matasse.

S.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Um pouco de Elizabeth Bishop...

Elizabeth Bishop nasceu em 1911, em Worcester, Massachusetts. Nas palavras de David Orr, sua biografia inclui suficiente tormento para satisfazer São Sebastião. Perdeu o pai aos oito meses, a mãe enlouqueceu quando tinha cinco anos (foi internada em um sanatório e Bishop nunca mais esteve com ela), passou a infância estagiando em casa de familiares, ficou asmática, alérgica e deprimida. A partir da juventude, tornou-se alcoólatra. Assim mesmo, ou por isso, decidiu escrever poesia.
Publicou um livro, bem recebido, aos 35 anos. Em 1951, aos 40, após persistente experiência em infelicidade, tomou um navio cargueiro sem destino definido. Parou no Rio, conheceu Lota de Macedo Soares, também com 40 anos. Apaixonaram-se e Bishop mudou-se para o Brasil, aqui vivendo 15 anos no seu primeiro lar, ao lado da companheira. "Morri e fui para o céu sem merecer", protestava ela. Em 1967, Bishop não agüentava mais o Brasil, sujeito a turbulências políticas (estava aqui quando Getúlio se suicidou, Juscelino quase foi impedido de tomar posse, Jânio renunciou, Jango governou sob parlamentarismo e presidencialismo, os militares deram um golpe). Chocava-a a desmedida convivência entre pobreza e corrupção. A relação com Lota se esfacelara. Bishop retornou aos Estados Unidos. Lota foi em sua busca e suicidou-se na noite da chegada.
Bishop faleceu inesperadamente em 1979, aos 68 anos, de aneurisma. Deixou publicados poucos menos de cem poemas, que mereceram o Pulitzer, o National Book Award e o Newstadt International Prize. Passou a ser a mais estudada entre os poetas norte-americanos. Seus dois livros - Poesia completa e Prosa completa - ocupam alguns centímetros, enquanto a bibliografia sobre eles toma prateleiras.


segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Resposta

O que a memória ama, fica eterno.Te amo com a memória, imperecível.
Adélia Prado

domingo, 6 de setembro de 2009

Carta a D.

"Você está para fazer oitenta e dois anos. Encolheu seis centímetros, não pesa mais do que quarenta e cinco quilos e continua bela, graciosa e desejável. Já faz cinqüenta e oito anos que vivemos juntos, e eu amo você mais do que nunca. De novo, carrego no fundo do meu peito um vazio devorador que somente o calor do seu corpo contra o meu é capaz de preencher".
Em tempos em que o amor é tão banalizado e que paixões verdadeiras somente são vivenciadas na literatura, me emocionei com o relato apaixonado e apaixonante que André Gorz faz dos sessenta anos que dividiu com a companheira Dorine. O texto é lindo, envolvente e inegavelmente uma declaração de amor, que inclusive me fez compreender o suicidio de ambos como um ato genuíno de amor, já que para eles, a vida que não pudesse ser compartilhada entre ambos, não era vida.

...


"Amor é um desejo irresistível de ser irresistivelmente desejado."
Robert Frost

sábado, 5 de setembro de 2009

Poemeu.


As vezes profana, cadela no cio, olhar que embriaga, provoca arrepio...
Teu corpo vagueia, promiscuo e sensual, me prende na teia... Loucura total...
Se me ama ou me quer Não sei e não interessa, eu quero ser tua, numa entrega sem pressa.

S.