quarta-feira, 17 de junho de 2009

Matando minha fome


Escrevo porque encontro nisso um prazer que não consigo traduzir. Não sou pretensiosa. Escrevo para mim, para que eu sinta a minha alma falando e cantando, às vezes chorando…
Escrever é procurar entender, é procurar reproduzir o irreproduzível, é sentir até o último fim o sentimento que permaneceria apenas vago e sufocador. Escrever é também abençoar uma vida que não foi abençoada
É preciso coragem. Uma coragem danada. Muita coragem é o que eu preciso. Sinto-me tão desamparada, preciso tanto de proteção…porque parece que sou portadora de uma coisa muito pesada. Sei lá porque escrevo! Que fatalidade é esta?
Clarice Lispector

Finjo ser poeta e assumo: esta é minha maior petulância, porém, sinto uma necessidade quase divina de mostrar minha face... meus EUS. Escrever é me inventar... é não deixar de existir... é não morrer. Não escrever é pecar... é me dissolver na correnteza do vazio e me perder.
Na verdade:
ESCREVO PARA ME SACIAR.
Sil Alves

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